O Marketing Político
Marketing Político vem se consolidando cada vez mais como peça fundamental no processo eleitoral. Estes são as técnicas e conceitos mais modernos e eficazes, garantindo uma campanha estruturada, marcante e eficiente. Uma campanha de marketing político
A eleição
É impossível pensar em eleições, nos dias de hoje, sem pensar numa estrutura de marketing atuando em todos os segmentos do eleitorado.
Propaganda eleitoral deixou de ser apenas o ato de imprimir alguns milhares de folhetos coloridos e pichar os muros da cidade com o nome do candidato.
As campanhas eleitorais deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, os palpites gratuitos cederam lugar à pesquisa; os temas principais, com determinadas palavras-de-ordem, aparentemente corretas mas aleatórias, agora têm origem em slogans com conceito e estratégia. Enfim: a propaganda política deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional. Será mesmo?
Comparando com campanhas de produtos e serviços: de um lado está o produto/serviço; do outro, o mercado consumidor. Na campanha eleitoral, de um lado o candidato e do outro os eleitores.
Nosso objetivo é tratar principalmente da Estratégia Política para candidatos a vereador e aprimoramento da Gestão de Partidos Políticos. Vamos falar sério, os partidos políticos de Feira de Santana a nível local e provavelmente de todo o Brasil é uma miscelânea de desorganização, abuso do poder econômica e total falta de compromisso com o cidadão. Seus Estatutos são desrespeitados, seus princípios si que existem além de um papel guardado na gaveta de algum escritório dos fundadores em Brasília ou São Paulo e por ai vai.
Portanto este curso também deverá tratar da Estratégia Política não só para ganhar eleição nas campanhas propriamente dita mais também como lhe dá com a política interna dos partidos políticos.
Enquanto isto não acontece voltemos ao tema atual: Marketing Político.

Existem alguns requisitos básicos para o sucesso de uma campanha eleitoral:
1. a existência de planos estratégicos, de orientação geral e detalhamento de atividades, tempo e recursos;
2. a existência de mão-de-obra especializada em propaganda;
3. a existência de um monitoramento durante todo o processo
O Marketing Político
Marketing Político são todos os recursos utilizados na troca de benefícios entre candidatos e eleitores.
Esses benefícios, no sentido candidato-eleitores seriam, essencialmente, as promessas, as vantagens do candidato e a sua linha de comunicação. No sentido oposto, ou seja, eleitores-candidatos, são os votos e as informações necessárias para obtê-los.

Alguns elementos compõem o quadro de planejamento de uma campanha de marketing político:
1. o meio ambiente em que se realiza a campanha eleitoral e que vai proporcionar oportunidades e ameaças ao sucesso de um candidato;
2. a administração da campanha eleitoral, que é a sua principal força de vendas, formada pelo próprio candidato, o seu partido político e os grupos de interesse alinhados com a sua candidatura;
3. o conceito de produto, que é a filosofia política do candidato, a escolha de temas específicos a serem tratados e a definição de suas posições a propósito dos temas. Além da formulação e da adoção de um estilo pessoal que conserve e amplie suas qualidades.
4. canais de comunicação e distribuição, que envolvem decisões e ações a respeito da utilização de mídia de massa e seletiva, aparições voluntárias, auxílio voluntário e partidário;
5. segmentos de eleitores diferenciados;
6. acompanhamento e revisão contínua e sistemática de resultados que impliquem em reorientação da campanha.
Além dos eleitores propriamente ditos, há outros grupos que precisam ser estimulados, tais como o partido político, os contribuintes da campanha eleitoral e os grupos de interesse alinhados à candidatura. Para isso, a Assessoria Política da campanha deverá canalizar de maneira adequada o seu potencial em função das necessidades imediatas.
O Candidato

O candidato obtém preferências com base:
* no seu nome*
no seu talento pessoal em dar início a uma reação emocional*
na sua habilidade em utilizar a m’dia de massa
* na sua capacidade de se projetar.

1. Além disso, há todo um processo de desenvolvimento pelo qual o candidato deve passar:
2. apresentar uma personalidade bem definida. Como acontece com os produtos, uma imagem de qualidade;
3. ainda na comparação com o marketing de produtos, deve identificar-se com uma instituição que lhe dê apôio e credibilidade: a própria inscrição partidária;
4. definida a personalidade e colocada esta dentro de um contexto de organização (o partido), o candidato deverá impor a sua marca (o seu nome).

Em resumo, o candidato deve:

1. planejar formalmente a sua estratégia de campanha, sua postura diante dos problemas, sua propaganda, suas aparições, sua base para a obtenção de fundos, sua monitoria da situação, seus objetivos, sua alocação de recursos e o tempo de que dispõe para obter a aprovação dos eleitores;
2. construir uma forte organização de ações, capaz de reforçar, durante todo o processo, as posições assumidas durante a campanha eleitoral, sem que ocorra a perda de campos já conquistados.
O candidato e o partido
A importância do partido político no universo do candidato deve ser medida dentro dos seguintes parâmetros:
1. o partido está para o candidato como a empresa para o produto. Ele significa um sistema que detém um conjunto de recursos para atingir os eleitores. Assim, como não existe produto sem uma empresa que identifique a sua origem, não existe candidato sem partido.
2. o partido, então, pode ter uma imagem que acrescente ou subtraia. Por isso, é importante saber se o partido agrega imagem positiva ao candidato, assim como o nome de uma empresa de prestígio no mercado acrescenta prestígio a um produto.
Os componentes do marketing político
1. A Pesquisa de Mercado
A pesquisa de mercado procura descobrir o que vai ao encontro dos interesses do eleitor, identificando as suas necessidades, seus desejos e seus valores. Com isso, o candidato pode desenvolver estratégias com uma margem de erro muito menor.
Numa campanha eleitoral, devem ser pesquisados o tamanho do mercado e a sua segmentação, o que qualifica o eleitor, o potencial deste mercado com base em padrões históricos de voto, a opinião dos eleitores em torno de assuntos importantes e sobre posições assumidas.
O resultado da pesquisa pode determinar o próprio conteúdo da mensagem do candidato.
2. O conceito e a estratégia do candidato
O que vincula um eleitor a um candidato é a imagem deste último.
Esta imagem, mesmo quando já existente, pode ser planejada e trabalhada. Por outro lado, é preciso ficar atento a como o eleitor está percebendo esta mensagem. Isto precisa ser sistematicamente conferido.
A imagem planejada de um candidato deve conceituar adequadamente sua maneira de se vestir, suas maneiras, suas declarações e o conjunto das suas ações. O objetivo é que o candidato tenha uma aparência e um comportamento que correspondam à percepção e aos desejos do eleitor.

Para conceituar o candidato e definir sua estratégia:

* definir, com base em pesquisa de mercado, um tema para o candidato, em torno do qual o interesse do eleitor será construido.
* identificar os principais problemas e a maneira como são encarados e sentidos pelos eleitores;
* excluir os conceitos não desejados em razão da personalidade e dos antecedentes do candidato;
* testar o conceito escolhido através de pesquisas periódicas;
* decidir sobre a adoção de mais de um conceito, sendo um principal e outro, ou outros, secundários, desde que plenamente compatíveis.

3. Estratégia de Comunicação
O conceito do candidato é a base para o plano de comunicação da campanha.

Para um programa de propaganda paga ou gratúita, devem ser tomadas as seguintes providências:
1. definir a mensagem básica da campanha
2. definir a melhor maneira de apresentar visualmente o candidato;
3. definir as pesquisas que serão veiculadas;
4. definir os veículos adequados para a veiculação;
5. elaborar os programas orçamentários de produção e veiculação da campanha, que devem ser detalhados toda semana até a data de realização das eleições.
Paralelamente, deve ser desenvolvido um programa de aparições pessoais do candidato. Este programa deve ser controlado pela Assessoria Política.
É preciso ficar atento, neste programa, para as limitações de tempo do candidato. É bom lembrar que o candidato tem, ainda, a responsabilidade de motivar o partido, seus cabos eleitorais e os eleitores comprometidos com a campanha.

4. Programa de Trabalho Voluntário
Inúmeras pessoas devem ser treinadas para compor grupos de trabalho voluntário na campanha.
Entre as tarefas do trabalho voluntário estão as de preparação de eleitores e auxiliares, a participação como oradores para plateias específicas, o envio de malas-diretas, o levantamento e registro de votos, o transporte e alimentação dos cabos eleitorais no dia das eleições, entre muitas outras funções.

Para que a Assessoria Política consiga gerenciar bem o trabalho voluntário, deve:

1. valorizar o partido como centro de decisões
2. estar sempre motivando os colaboradores;
3. estabelecer objetivos e metas para a equipe voluntária;
4. estabelecer um sistema de controle de realizações;
5. treinar o pessoal e acompanhar de perto o seu trabalho